XXVI FÓRUM BNB

Secretário de Desinvestimentos do ME diz que tamanho do Estado precisa diminuir

Por Marcelo - Em 20/07/2020 às 4:20 PM

O presidente do BNB, Romildo Rolim, realizou na tarde desta segunda-feira (20), a abertura do XXVI Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento 2020, ressaltando a importância do tema, que este ano envolve os cenários e tendências pós-pandemia na região. “Falar sobre transformação digital, crédito produtivo de curto e longo prazo, nossos programas de microcrédito – Agroamigo e Crediamigo – para aperfeiçoar a nossa forma de fazer essa nobre missão”, afirmou.

Salim Mattar Júnior que acelerar as privatizações no Brasil                               Foto: Divulgação

O secretário de Especial de Desinvestimentos do Ministério da Economia, José Salim Mattar Júnior, revelou que quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu o Governo Federal, no ano passado, disse que seria uma oportunidade única de reconstruir o País.

Mostrou que Estado brasileiro é muito oneroso para o cidadão e que o impacto da pandemia do novo coronavírus já chega a R$ 1,27 trilhão com as medidas emergenciais, R$ 521 bi de impacto fiscal e mais R$ 354 bilhões de impacto primário. E um déficit projetado de R$ 828 bi.

“A nossa dívida pública já atingiu 81,9% do PIB e aumento de impostos não é a solução. O rombo das estatais, de 2009 a 2018 foi de R$ 190 bilhões. Foram R$ 160 bilhões de subvenções, R$ 30 bilhões em portes a essas empresas e mais R$ 86 bilhões em empréstimos aos bancos para fomentar a economia”, afirmou.

Ressaltou que o estado-empresário participava de 698 ativos, incluindo as de controle direto da União, subsidiárias, coligadas e simples participação. No ano passado foram vendidas 73 estatais e, este ano outras 11. Neste ritmo, gastaríamos mais nove anos para vender todas as empresas e precisamos acelerar isso, para reduzir o tamanho do Estado, bem como as desigualdades sociais”, salientou.

Ressaltou que dentro do programa de desestatização, que levaria a uma maior eficiência econômica, geraria na área privada a melhoria do ambiente de negócios; o aumento da competitividade, o fortalecimento do mercado e a atração de investimentos.

Já na área privada provocaria uma redução do tamanho do Estado e sua presença na economia, desoneraria o cidadão pagador de impostos, melhoraria a alocação de recursos, respeitaria a aplicação do artigo 173 da Constituição Federal e reduziria a dívida pública.

Mostrou que a privatização gera aumento do número de empregos, mas alguns processos desse tipo como no caso da CSN, Embraer e Vale, que juntas tinham cerca de 34.950 funcionários, hoje empregam mais de 216.770 pessoas, entre funcionários próprios e terceirizados.

Entretanto, para realizar essas desestatizações, na maioria dos casos, elas são condicionadas a alterações legislativas, como projetos de lei ou propostas de emenda à Constituição. Deve haver mais de 20 empresas a serem desestatizadas, com médias de dois a três anos para isso. Se fosse na iniciativa privada, esse processo deveria demorar entre 45 e 90 dias. “É uma via crucis, vender empresas estatais”, asseverou.

E completou dizendo que a economia brasileira está mostrando de que vai se recuperar rapidamente, pois está com a menor taxa básica de juros (2,25%); Ibovespa já superou os 100 mil pontos; maior oferta de crédito imobiliário, construção civil voltou a contratar, dentre outros pontos positivos.

“O Brasil vai dar certo. Temos e continuar fazendo o nosso dever de casa, cada um de nós temos a nossa responsabilidade na recuperação da economia. E a vocês, do Banco do Nordeste, os meus parabéns pelos 68 anos em prol do desenvolvimento do Nordeste”, ressaltou Salim Mattar.

Romildo Rolim ressalta que o BNB tem liberado crédito às empresas

O presidente do BNB afirmou que o banco tem realizado um forte trabalho no sentido de auxiliar as empresas, para que possam ser mantidos os postos de trabalho, a fim de que o desenvolvimento da economia do Nordeste continue crescendo cada vez mais.

“No período da pandemia aplicamos cerca de R$ 14 bilhões na economia do Nordeste, no setor produtivo. Destes, R$ 8,5 bilhões foram investidos em operações de capital de giro, para as empresas manterem os empregos e pagarem seus custos fixos, e quando tudo isso passar, poderem retomar seus processos produtivos e a gente continuar na curva de ascendência que vínhamos fazendo”, destacou Romildo Rolim.

O Fórum BNB de Desenvolvimento 2020 prossegue até sexta-feira, trazendo diariamente debates relevantes sobre os cenários e tendências da economia brasileira e as oportunidades que podem aparecer no pós-pandemia.

Acompanhe o evento do BNB:

Mais notícias

Ver tudo de IN Business