DÉBITOS COM O FINOR

MP 1017 deverá beneficiar 300 indústrias no Ceará e ampliar geração de empregos

Por Marcelo - Em 27/05/2021 às 1:36 PM

A Medida Provisória 1017, aprovada pela Câmara dos Deputados e que aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro, deverá beneficiar cerca de 300 indústrias instaladas no Ceará que possuem débitos com o Fundo de Investimento do Nordeste (Finor). Com isso, deverá promover a manutenção de aproximadamente cinco mil postos de trabalho, bem como ampliar este número.

Isso porque a decisão dos parlamentares vai possibilitar a quitação dessas dívidas com descontos que podem chegar a 80%, atrair novos investimentos, possibilitar o acesso ao crédito e, por consequência, a retomada de oportunidades de negócios para essa parte do setor industrial cearense.

Carlos Prado diz que é uma oportunidade para empresas do Nordeste                Foto: Portal IN

Atualmente, cerca de 30% dessas empresas estão fora do mercado, pelos mais variados motivos, sendo que um dos principais foi a elevada taxa de juros cobrada pelo Finor, que acabou inviabilizando a manutenção de muitos negócios em território cearense.

Mas, com a MP 1017, elas terão acesso a descontos de 75% a 80% para quitar os débitos que possuem com o fundo, ou de 70% a 75% para renegociar os valores devidos. Uma condição bastante atraente para garantir uma aceleração da atividade econômica no Estado.

O Finor e o Fundo de Financiamento da Amazônia (Finam) possuem um volume altíssimo de inadimplência, chegando a 99% e, acumulados os empreendimentos devedores das duas regiões, chega-se a um valor total de R$ 43 bilhões.

Com a medida provisória, segundo o vice-presidente da FIEC, Carlos Prado, o momento econômico do País é diferente da época em que tais dívidas foram contraídas, pois havia inflação muito elevada, os recursos eram poucos e havia atrasos na liberação dos financiamentos, gerando muitos transtornos.

Mas, com os juros mais baixos praticados pelo mercado financeiro atualmente e taxa de inflação menor, o cenário torna-se muito mais favorável. “É uma oportunidade rara para regularizar essa situação que prejudicou demais as indústrias nordestinas”, ressaltou Carlos Prado.

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