Renegade: andando no herdeiro de uma lenda

Por Admin - Em 05/10/2017 às 6:52 AM

“Parece carro de homem”, disse minha esposa assim que viu o Jeep Renegade “tamanho é seu apelo masculino”, acrescentou. De fato, ela tem razão. A robustez habita em cada contorno do modelo. Porta pesada, retrovisor imenso, lataria máscula. Porém, é bom salientar que grande parcela do público feminino adora esse perfil, ok! Na Newsedan, por coincidência, enquanto esperava o Renegade para test drive, vi uma mulher fechando negócio no modelo na autorizada cearense.

Bom, ao sentar no banco do motorista e verificar as cinco polegadas da tela multimídia, o Renegade te dá um aviso “desde 1941”. Traduzindo: não vem não que aqui tem tradição. E isso é o que não falta na família. Seu bisavô, o Jeep Willys, fez história. Meu pai, que já teve um, comparou-os.  “Quanta diferença”, ponderou!

Impressões

Manual, de cinco marchas, o Renegade só “dá na chave” com os pés na embreagem e freio ao mesmo tempo. Uma imposição benéfica assim como o freio de mão que aciona naturalmente quando você desliga o carro. A posição de dirigir é ótima e o espaço interno é bem grandinho. As músicas podem ser mudadas via touch screen ou à moda antiga, rolando a sintonia de um lado para o outro. O Câmbio traz um formato de um globo em homenagem à versão original e aos “jipeiros” de época.

Pegando a estrada, de Fortaleza para Icaraizinho de Amontada (praia nativa), cerca de 2h40min, o modelo mostra-se mais cauteloso que veloz. Sinto que falta mais uma marcha para dar mais segurança nas ultrapassagens. Na automática, encontramos seis. Entretanto, quando ele pega o embalo, uma beleza! Estabilidade é o seu ponto mais forte. Nas curvas, ele sobra. Aliás, ele não sobra!!! Fica bem grudado sem sair pela tangente mesmo em altas velocidades. “Forte assim, é bom que numa colisão, ele não sente”, disse minha mulher.

O motor, E.torQ Evo, de 1.8, tem disposição e proporciona melhores retomadas. Ah, silencioso também já que a versão é flex. Internamente, com vidros fechados, quase não há ruídos lá fora!Nos semáforos (cearense diz “sinais”), o Start&Stop atua para oferecer uma melhor economia de combustível. Vizinho à marcha, há o opcional de desativá-lo. Em relação aos bancos eles são duros, mas confortáveis. Três horas de viagem e nem uma dor na coluna “Um paraíso comparando-se a pedra que era o Willys”, brincou meu pai. Em ladeiras, mesmo pesado, com a primeira engata, em nenhum momento ele dá aquela “voltinha para trás”. Com ganho em termos de tecnologia e especialmente em economia, o modelo na versão Sport atende melhor a quem busca um SUV mais de cidade, sem o 4×4, mas oferecendo plataforma bem rígida, segurança, conforto e estilo ao “off road leve”.

Calcanhar de Aquiles

Há uma coisa que não achei legal, os retrovisores. Eles são grandes demais e aumentam o ponto cego do carro, principalmente, do lado do passageiro. Nos cruzamentos, é preciso olhar redobrado, pois houve momentos que ele, o retrovisor, atrapalhou a moto ser vista.

Vendas

Embora o Compass, seu irmão mais novo e maior em tamanho o tenha ultrapassado, o Renegade “vai bem, obrigado”. Os números são da Ana Pinheiro, gerente de vendas da concessionária Newsedan. “O Renegade está muito bem posicionado no segmento SUV. Estamos com excelente condições de preço e taxas promocionais! As vendas em setembro foram bem superiores ao mesmo período do ano passado”, contabiliza.

Segundo a profissional, a versão que testamos, o Jeep Renegade Sport, 1.8, manual, de R$ 90.990 sai por R$ 83.990. Ana também falou  entre as diferenças de perfil do comprador do Renegade e do Compass. “O cliente do Renegade é aquele que procura características off road, é o que procura robustez e estilo. Já o Compass é o que procura sofistifação”, pondera. 

Ficha técnica

Motor: 1.8 flex 

Potência: de 135 cv (gas) 139 (etanol)

Câmbio: manual (5 marchas)

Porta-malas: 260 

Tanque: 60 litros

Preço: R$ 83.990

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