MERCADO DE AÇÕES

Terceiro trimestre representa nova janela de IPOs para as empresas brasileiras

Por Marcelo - Em 27/06/2021 às 7:43 AM

O terceiro trimestre se apresenta como uma nova janela para as ofertas iniciais de ações no mercado brasileiro, os chamados IPOs. O ano de 2020 teve 28 operações desse tipo no Brasil, o maior número desde 2007, quando foram realizados 64 lançamentos. Mas há diferenças no perfil das companhias que abriram capital há 14 anos e as da geração 2020, que são de menor porte e têm uma atuação em segmentos mais diversos.

A tendência de aquecimento no mercado de ações vem se mantendo em 2021 – foram 24 IPOs realizados até o mês de maio. E há outras 34 empresas na fila para também estrear na B3. Segundo Eduardo Luque, sócio-diretor do Grupo IRKO, o bom nível de liquidez no mercado e o cenário de juros é propício para os investimentos em ações.

Ipo Pague Menos foi realizado em setembro do ano passado                            Foto: Divulgação

Em abril, no entanto, a piora da pandemia e a redução do apetite dos investidores por risco desaceleraram as estreias na Bolsa de Valores. Muitas empresas decidiram adiar seus IPOs, diante da exigência do mercado por descontos maiores nos preços das ações. Agora, há uma nova janela de oportunidade para a captação de recursos.

“Existem empresas com boas teses para captar no mercado, visando à sustentação de seu crescimento e à geração de novos negócios”, avaliou o executivo. “Além disso, mesmo com a perspectiva de alta da Selic, os juros ainda permanecem em um patamar que favorece o investimento em ações, em detrimento da renda fixa”, afirmou.

Dados positivos sobre o desempenho da economia, o PIB brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre, acima das expectativas do mercado e uma tendência clara de consolidação em alguns mercados, contribuem para esse cenário. segundo o executivo. Setores de saúde, infraestrutura, varejo e tecnologia são alguns. No ano passado, duas empresas cearenses realizaram suas estreias na B3: Pague Menos e Aeris Energy

E, para as companhias que, ainda assim, decidirem adiar a estreia na B3, Eduardo Luque sugere outras alternativas para financiar a expansão. “Ainda existe a possibilidade de emitir dívida de crédito privado para a captação de recursos, considerando o atual patamar de liquidez do mercado”, salientou.

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