LEVANTAMENTO

Sebrae diz que MPEs que se reinventam têm mais chance de ficar no mercado

Por Marcelo - Em 23/04/2020 às 11:32 AM

Delivery é uma das apostas dos pequenos comércios                            Foto: Divulgação

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae revela que os donos de pequenos negócios que se adaptaram mais rapidamente ao momento de pandemia de coronavírus, que se reinventaram, têm mais chances de se manter no mercado. O impacto negativo atingiu quase 88% dos empresários, entretanto, alguns segmentos conseguiram equilibrar o fluxo de caixa e até registrar expansão no faturamento.

O estudo ouviu 6.080 empreendedores de todo o País e a estimativa é que 400 mil pequenos negócios tiveram aumento médio de 47% na receita. Segundo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, pequenos empreendimentos que passaram a inovar e mudaram seu modelo de negócio estão conseguindo se manter.

“Observamos que, ainda que em um percentual baixo, se comparado ao resultado macro da pesquisa, os empresários que enxergaram oportunidades e se reinventaram saltaram na frente dos outros. Segundo nossa pesquisa, entre as micro e pequenas empresas que tiveram crescimento na receita durante a crise, cerca de 48% mudaram o modo de funcionamento, apostando mais em entregas online e serviços na internet”, explicou.

Dentre os 14 segmentos analisados na sondagem – restaurantes, lanchonetes, marmitarias e afins – são exemplos de como a adaptação e a inovação podem render resultados positivos. No segmento de alimentos e bebidas, por exemplo, 92% dos que aumentaram o faturamento adaptaram o negócio ao modelo de entrega (delivery).

Carlos Melles ressalta as oportunidades de negócios na pandemia

“Percebemos que os empresários que apresentaram crescimento no faturamento encontraram uma nova oportunidade de negócio, conseguiram capturar o mercado. Muitos deles já faziam entregas e investiam em marketing digital”, ressaltou Carlos Melles.

A maior parcela dos entrevistados aposta fortemente nas entregas online (41,9%), mas um percentual igualmente representativo reduziu o horário para minimizar os gastos e ganhar fôlego (41,2%). O teletrabalho ocupa o terceiro lugar no ranking que elenca as principais medidas adotadas pelos pequenos para se manter de pé em meio aos abalos causados pelo Covid-19 (21,6%).

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