EM RETOMADA

Produção industrial registra alta de 7% de abril para maio, diz estudo do IBGE

Por Marcelo - Em 02/07/2020 às 11:29 AM

A produção industrial brasileira registrou alta de 7% na passagem de abril para maio deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. É a maior expansão desde junho de 2018 (12,9%), entretanto ocorreu após duas quedas consecutivas, devido à pandemia do novo coronavírus: março (-9,2%) e abril (-18,8%).

Setor automotivo registrou a maior expansão, com 244,4%                        Foto: Divulgação

Frente a maio do ano passado, houve uma queda de 21,9%, o sétimo resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, a produção industrial acumula quedas de 8% na média móvel trimestral, de 11,2% no acumulado do ano e de 5,4% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de abril para maio, a maior alta na produção foi observada entre os bens de consumo duráveis (92,5%), seguida pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (28,7%). Os bens de consumo semi e não duráveis cresceram 8,4%.

Segundo o resultado da PIM, 20 dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram aumento na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%).

Esses crescimentos foram impulsionados, em grande medida, pelo retorno à produção de unidades produtivas, após interrupções ocorridas devido à pandemia de Covid-19, em todo o território nacional.

“A partir do último terço de março, várias plantas industriais fecharam, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra uma volta à produção, mas a expansão de 7% se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

O estudo mostrou que outras seis atividades registraram queda na produção, entre elas as indústrias extrativas (-5,6%); celulose, papel e produtos de papel (-6,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6%).

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