Com uma operação ousada de follow on a Petrobras vendeu a participação de 37,5% que detinha do capital da BR Distribuidora e conseguiu engordar seus cofres em R$ 11,4 bilhões, na maior oferta de ações já realizada no primeiro semestre e obtendo um preço excelente, de R$ 26,00 por papel.

Com isso, agora a BR Distribuidora passa a ser uma empresa privada e terá novas estratégias para enfrentar as novas tendências que estão surgindo no setor de energia. Segundo especialistas do mercado, um grupo superior a 100 investidores participou do certame e ao menos cinco deles realizaram ordens superiores a R$ 1 bilhão, como o Itaú Asset Management e o SPX Capital, por exemplo.

Com a operação, BR Distribuidora sai do guarda-chuva da Petrobras                Foto: Divulgação

De acordo com o Brazil Journal, durante a oferta também ocorreram inúmeras ordens acima de R$ 500 milhões, pelos papéis da BR Distribuidora, dentre eles investidores como Opportunity, JGP e Key Square, demonstrando o grau de atratividade da operação.

Com a renovação da base acionária e a chegada de um novo CEO, Wilson Ferreira, a BR Distribuidora teve trilhar novos caminhos, uma vez que encerrou o pregão de ontem na B3 com um valor de mercado de R$ 31 bilhões.

E esta alta procura pelas ações da ex-estatal deverá gerar reflexos positivos na Raízen, que está com o seu IPO marcado para este mês de julho e a expectativa dos investidores é que deva movimentar cerca de R$ 10 bilhões.