MERCADO IMOBILIÁRIO

Patriolino Dias diz que imóvel está no melhor momento e pode haver “apagão”

Por Marcelo - Última Atualização 20 de julho de 2020

O presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias, afirma que este é um dos melhores momentos para quem deseja investir na compra de um imóvel – seja para morar, ou para realizar investimento –, tendo em vista que os juros da renda fixa estão muito baixos e nem todo mundo gosta de se arriscar no mercado de ações.

Patriolino Dias diz que mercado imobiliário está aquecido                       Foto: Portal IN News

Além disso, o mercado imobiliário está conseguindo as taxas de juros mais baixas da história. Devido à queda da Selic, há financiamentos com condições bastante atrativas e algumas construtoras estão oferecendo descontos sobre o preço de tabela.

Apesar de toda essa euforia, Patriolino, que também é diretor da Dias de Sousa Construções, alerta que em breve poderá haver o que chamou de “apagão” no que se refere a algumas tipologias de imóveis, tendo em vista que as construtoras desaceleraram seus lançamentos, devido aos estoques que estavam elevados no início deste ano.

Para comprovar sua teoria, lembrou que no último trimestre de 2019, com a Selic por volta de 4%, o setor já vinha sentindo um apetite maior do mercado por lançamentos, especialmente compactos e de altíssimo padrão, em regime de condomínio fechado, que venderam muito rápido.

“Essa tendência se manteve em janeiro e fevereiro deste ano, mas veio a pandemia, que atingiu em cheio as vendas de médio e alto padrão. Mas o MCMV vendeu cerca de 50% do volume regular, o que foi um número fantástico”, ressaltou o dirigente.

À medida que a Selic retraiu para a faixa de 2%, segundo ele com sinal de que pode chegar até menos que isso, e as quedas registradas em ações na bolsa, aliada ao fato de que as pessoas passaram a ficar mais tempo em suas casas devido à Covid-19, a procura por apartamentos maiores cresceu significativamente.

“Passamos muitos meses sem lançar nada, e essa procura ajudou a diminuir os estoques, que estão acabando. Como o nosso ciclo é muito longo, em média 42 meses para entregar, a partir do lançamento, acho que vamos viver a partir de um ano e meio um “apagão” de determinados tipos de imóveis, com muita procura e sem apartamentos disponíveis”, explicou Patriolino Dias.

Parc Victoria já está com todas as suas 192 unidades comercializadas

Ele ressaltou que as construtoras desaceleraram a produção e os lançamentos, e isso deve gerar a falta de algumas tipologias de imóveis, como apartamentos entre 70 e 150m², que estão sem lançamento há meses. “Uma grande construtora cearense chegou a ter 26 canteiros de obras simultaneamente e, hoje, tem apenas um. Na Dias de Sousa, por exemplo, entregamos o Parc Victoria com 192 unidades em 2016 e, hoje, não temos mais nenhuma disponível. Isso faz com que as construtoras tenham pouca oferta”, salientou.

Para finalizar, destacou que este é um bom momento para aquelas pessoas que desejam trocar seu imóvel por um maior ou para quem deseja investir. “Além disso, com a Selic na faixa de 2,25% ao ano, o mercado de locação deve ter um crescimento substancial nos próximos meses, pois rende muito mais do que o dinheiro na poupança”, completou Patriolino Dias.

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