O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getúlio Vargas, registrou uma alta de 6,6 pontos e chegou a 83,7 pontos, representando a terceira expansão seguida do indicador, após o recuo registrado em abril, por causa da pandemia de coronavírus. A retomada das obras e as expectativas positivas frente às vendas no mercado imobiliário, geraram a elevação.

Patriolino Dias diz que busca por imóveis está em alta                              Foto: Portal IN News

Essa constatação é corroborada pelo presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias. “Vínhamos de quatro anos de dificuldades, mas no último trimestre do ano passado e primeiro bimestre deste ano, estávamos com bom nível de vendas, principalmente de nossos estoques, que estavam elevados”, disse.

Segundo ele, a pandemia fez com que as pessoas percebessem, ao passarem mais tempo em suas casas, que precisavam de mais espaço ou outras questões. “Além disso, como as taxas de juros estão muito baixas, a Selic em 2,25% e com viés de queda, decidiram adquirir novos imóveis e de tipologias distintas”, explicou.

Tanto que imóveis de segunda moradia tiveram uma alta significativa nas vendas, com alguns empreendimentos zerando seus estoques, assim como alguns condomínios verticais na região da Aldeota. Vale lembrar que o ciclo da construção civil é longo, em média 42 meses, por isso é necessário haver novos lançamentos.

“Algumas construtoras já anunciaram que vão retomar seus lançamentos neste segundo semestre. Inclusive a Dias de Sousa vai lançar o Tribeca, na Aldeota, no final de agosto. É um condomínio com 84 apartamentos sendo 42 de 95m² e outros 42 de 119m², com uma infraestrutura completa de lazer”, destacou Patriolino Dias.

Mais índices

Além disso, o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, também subiu para 91,7 – alta de 8,5 pontos. Enquanto isso, o índice de Situação Atual, que revela a percepção do empresariado sobre o momento presente, cresceu 4,5 pontos e chegou a 76.

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela FGV, variou 0,84% este mês, superior ao registrado em junho (0,32%). Com o resultado, o INCC-M acumula taxas de inflação de 2,55% no ano e de 3,95% em 12 meses.

Já o custo com materiais e equipamentos subiu 0,92%. O principal aumento de preços foi observado nos materiais para instalação elétrica, que tiveram alta de 1,98%. A mão de obra também ficou 0,92% mais cara no mês, enquanto os preços dos serviços subiram 0,09%.