José Quintão alerta que importação do camarão pode inviabilizar produção no Ceará

Por Admin - Em 25/10/2017 às 1:00 PM

“Não há estímulo para produzir camarão no Ceará”. O desabafo do empresário José Quintão, que tem fazendas de cultivo em Jaguaruana e Acaraú, reflete o sentimento dos carcinicultores, que vêm travando briga com o governo Federal para impedir a liberação das importações do crustáceo do Equador. “Se abrir para importação, vai  causar prejuízo grande aos produtores, até mesmo inviabilizar a produção”.

Com a doença da “Mancha Branca”, que afetou a produção local em 2016, os produtores foram obrigados a fazer grande investimento em tecnologia, como a modernização das instalações. Acredita Quintão que se abrir o mercado para importação, os carcinicultores terão de fazer novos custos, o que impactará no preço do produto.

 O Ceará é um dos maiores produtores de camarão do Brasil, com aproximadamente 700 fazendas de criação de camarão. Ao ano, o setor gera cerca de R$ 1 bilhão e tem produção estimada de 600 mil toneladas. 

José Quintão tem duas unidades da fazenda Joli Aquicultura, em Jaguaruana e Acaraú, que produzem, por ano, 60 toneladas. Parte da produção vai para o Sul do País e o restante é comercializado no Ceará.

Jaguaruana  é um dos principais polos produtivos do estado, com grande número de pequenos produtores – cerca de 100. Segundo Quintão, a maioria não recebe assistência técnica que os ajuda no cultivo e não  tem apoio financeiro para melhorar os viveiros.

José Quintão e o filho Anderson

Fotos: balada IN/ Divulgação

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