SEMINÁRIO

Esmec e EJE realizam debate sobre a participação feminina no cenário político brasileiro

Por Marcelo - Em 06/02/2020 às 12:19 PM

Mulheres na política no foco do debate                             Foto: Divulgação

A importância da participação feminina no cenário político nacional será o principal foco do seminário “Mulheres na política: construindo candidaturas eficientes”, que será realizado pela Escola Judiciária Eleitoral do Ceará (EJE) e pela Escola Superior de Magistratura do Estado do Ceará (Esmec).
Dentre os principais temas abordados estão a representatividade feminina na política local
; filiação partidária, gênero e desigualdade; comunicação e redes sociais; processo eleitoral; financiamento e prestação de contas, campanha e propaganda eleitoral.
As apresentações serão realizadas pela escritora e professora Débora Thomé; a secretária Judiciário do TRE-CE, Orleanes Cavalcanti, e a professora e servidora do TSE, Polianna dos Santos. O seminário será voltado, principalmente a mulheres que integram ou querem ingressar em um partido político.
Todos os participantes que tiverem ao menos 75% de presença no evento, que será realizado na Esmec, de 8 às 12 horas e de 14 às 18 horas, receberão certificado emitido pela Escola Superior da Magistratura. As inscrições podem ser feitas no sistema Minha Esmec. O projeto “Mulheres na Política” visa avaliar o interesse do público feminino no processo democrático.
Representatividade
Segundo a juíza Flávia da Costa Viana, presidente da Comissão Mulheres na Política do TRE-PR, no Brasil, ainda é muito baixo o número de representantes do sexo feminino em espaços de tomada de decisões e de elaboração de políticas públicas.

Flávia Viana diz que a representatividade feminina é baixa

“As mulheres representam 53% do eleitorado, 44% dos filiados a partidos políticos, mas ocupam apenas 13% das vagas nas Câmaras de Vereadores, 15% nas Assembleias Legislativas e 15% na Câmara Federal. É fácil concluir, portanto, que elas não se encontram devidamente representadas em cargos públicos eletivos”, disse.
“Independentemente de discussões acerca de cotas, é preciso que se perceba que diferenças entre homens e mulheres, que de fato existem, são positivas na medida em que significam um distinto olhar. As mulheres, ao trazerem distintas experiências de vida e de perspectivas, só vêm a enriquecer os debates nas Casas Legislativas. E quem ganha é a sociedade como um todo”, salientou Flávia Viana.
“No meu modo de ver, o Parlamento deve refletir, tanto quanto possível, a composição da sociedade. E aqui não me refiro apenas a gênero. Eu não tenho dúvida de que, quanto mais diversos forem os elementos disponíveis para embasar a criação de leis e de políticas públicas, maiores serão as chances de serem atendidas as expectativas dos cidadãos”, completou a magistrada.

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