EFEITO PANDEMIA

Dimas Barreira afirma que empresas de ônibus operam com 35% da demanda

Por Marcelo - Em 24/06/2020 às 3:30 PM

A aprovação pelo Conselho Curador do FGTS da suspensão temporária do pagamento de financiamentos das empresas de transporte público de passageiros, deve reduzir os efeitos negativos gerados pela pandemia de Covid-19. A estimativa é que a decisão representará algo em torno de R$ 51 milhões em todo o Brasil, dos financiamentos obtidos por meio do Refrota, do programa Pró-Transporte.

Dimas Barreira diz que setor e esforça para manter as operações              Foto: Portal N News

No Ceará, a situação está complicada com relação ao volume de passageiros transportados, que atualmente gira em torno de 35% da demanda anterior à pandemia. E essa situação praticamente impede as empresas do setor de arcarem com os seus custos operacionais fixos.

“Todas as empresas sustaram seus pagamentos com relação aos financiamentos bancários, por incapacidade de recursos, um vez que a queda do número de passageiros transportados estava em torno de 70% no primeiro decreto e chegou a 80% durante o lockdown. Mas as negociações foram realizadas individualmente e não temos o volume envolvido”, explicou o presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira.

Para o sindicalista, a prioridade do setor, neste momento, é com relação aos pagamentos de fornecedores e pessoal, mas a demanda está muito reduzida, com cerca de o dobro da frota rodando, proporcionalmente à demanda. Isso porque há uma variação diária do fluxo de passageiros, que é feito por observação e não algo programado.

“Nosso objetivo é conseguir manter as empresas em funcionamento, até que essa situação da pandemia de Covid-19 passe completamente. Mas ficará um passivo muito grande, pois existem os custos fixos elevados, que chegam a 70% da nossa operação”, explicou.

Ele lamentou que o percentual de demissões no setor tenha chegado a 30%, mas as empresas trabalham para evitar que esse número suba. “Estamos utilizando todos os recursos da Medida Provisória do Governo Federal, mas ainda vai depender da velocidade da retomada da economia. É uma situação muito desafiadora, para podermos continuar operando no futuro”, completou Dimas Barreira

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