A superintendência do Cade aprovou a compra da Siderúrgica Latino Americana (Silat), que pertencia ao grupo espanhol Hierros Añón, pela brasileira Gerdau. E essa transação comercial deverá dar um impulso ainda maior para o setor siderúrgico e seus agregados no Ceará, nos próximos anos.

Silat tem capacidade de processar 700 mil toneladas de aço anuais              Foto: Divulgação

“A aprovação da aquisição da Silat pela Gerdau é vista com bons olhos pelo Governo do Ceará, devido ao impulso que o setor metalomecânico cearense deverá ter com o investimento”, afirmou o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Eduardo Neves.

O negócio foi fechado no fim do ano passado, pela quantia de US$ 110,8 milhões, mas ainda dependia dessa aprovação para ser oficializado. Desta forma, a Gerdau detém 96,35% das ações da Silat, enquanto a Adece continuará sendo dona dos 3.65% restantes.

“A Adece estava no aguardo da concretização da transação para iniciar um diálogo com a nova parte societária sobre novas parcerias e os próximos investimentos que deverão ser realizados”, asseverou Eduardo Neves.

Localizada no Município de Caucaia, às margens da BR-222, e dentro do cone de abrangência do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a companhia tem capacidade de laminação de 600 mil toneladas de chapas de aço por ano, além de uma planta de ampliados que pode processar 100 mil toneladas anuais.

Segundo o CEO da Gerdau, em novembro passado, a aquisição visa atender cada vez melhor seus clientes. “A Gerdau já possui uma importante operação no Ceará, o que possibilitará ganhos e sinergias com a operação da Silat”, ressaltou Gustavo Werneck.