ATENDIMENTO AOS HÓSPEDES

ABIH-CE pede abertura de restaurantes dos hotéis no jantar de sábado e domingo

Por Marcelo - Em 05/02/2021 às 11:27 AM

O trade hoteleiro cearenses está solicitando ao Governo do Ceará a autorização para que os restaurantes destes estabelecimentos possam funcionar nos finais de semana, após as 15 horas, para poderem atender aos seus hóspedes no horário do jantar, uma vez que os apartamentos não possuem uma estrutura adequada para a alimentação das pessoas ali hospedadas.

Régis Medeiros oficiou ao Governo do Ceará o pedido do trade                 Foto: Divulgação

Esta é uma demanda que foi encaminhada ao Poder Executivo estadual, tendo em vista o decreto que entrou em vigor na última terça-feira, proibindo a abertura de bares e restaurantes após as 15 horas aos sábados e domingos. “Estamos aguardando um retorno das autoridades ao pleito que fizemos, solicitando a autorização da abertura dos restaurantes dos nossos hotéis nos finais de semana até 22 horas, para atendimento exclusivo aos hóspedes”, disse Régis Medeiros, presidente da ABIH-CE.

“Nossos hóspedes jantam juntos na sexta-feira, tomam café juntos no sábado, mas no sábado e domingo à noite não pode fazer o mesmo? Qual a efetividade disso??? Afinal as pessoas já estão juntas e seguindo todos os cuidados e protocolos definidos pelas autoridades sanitárias. Onde essas pessoas vão jantar no fim de semana, já que os restaurantes também estarão fechados?”, questionou Régis.

O dirigente afirmou que as medidas sanitárias para conter a disseminação do novo coronavírus são necessárias, mas não se pode negar o direito dos turistas e viajantes de terem um local adequado para o jantar no sábado e domingo. “Nosso pedido é que os restaurantes dos hotéis funcionem, exclusivamente, para atender aos nossos hóspedes, que não terão onde jantar nos finais de semana. No caso de uma família de quatro pessoas fica inviável, sem nexo, jantar dentro do apartamento, que não tem estrutura para isso”, destacou Medeiros.

Foi encaminhado um ofício para o governador Camilo Santana, vários secretários e o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, pois os empresários do setor hoteleiro têm uma preocupação com os hóspedes em relação ao jantar no sábado e no domingo, que podem gerar diversos problemas.

Lembrou, ainda, que o hotel é a extensão da casa das pessoas quando elas estão viajando. E lá é necessário um local adequado para que possam ter as suas refeições com um mínimo de conforto e higiene, seguindo todos os protocolos sanitários e de distanciamento, conforme as orientações das autoridades.

“Faço até uma analogia, com o dia a dia das famílias. É como se pai, mãe e filhos tomassem café, almoçassem e jantassem de segunda a sexta juntos e, no fim de semana, tivessem de jantar em seus quartos, sem o conforto da sala de jantar, que no hotel é representada pelo restaurante. Esse é um problema que vai bater na porta da gente amanhã. E os hotéis que têm serviço All Inclusive, no qual as pessoas já pagaram por todas as suas refeições, como farão?”, indagou.

Hotéis que operam em sistema All Inclusive, como o Parque Das Fontes, podem enfrentar ainda mais transtornos

“Isso pode gerar transtornos muito grandes, prejudicando o turismo em nossa Capital, e sem efetividade. Pois as pessoas estarão tomando café da manhã juntas, almoçando juntas, mas no sábado e no domingo não poderão jantar. Falaram em os hóspedes solicitarem delivery, mas isso não é uma alternativa, devido à falta de estrutura nos apartamentos para refeições. Além disso, os entregadores podem ser até um vetor de transmissão. Os hóspedes vão sentar nas áreas comuns dos hotéis, pedirão pratos e talheres para tomar a sua refeição. Até porque não vai querer que o apartamento fique com cheiro de comida”, ressaltou o presidente da ABIH-CE.

Há de se ressaltar que a maioria dos voos que chegam a Fortaleza o fazem no final do dia, quando os restaurantes estão fechados. “As pessoas chegam de um voo onde não há alimentação, no aeroporto também estará com os restaurantes e lanchonetes fechados. Daí, quando chegam no hotel, não terão uma opção de suprir uma necessidade básica do ser humano, que é a alimentação”, completou Régis Medeiros.

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