RESPIRADORES
Roberto Cláudio afirma que integrante da CGU sabia do cancelamento de contrato
Por Marcelo - Em 25/05/2020 às 9:59 PM
O prefeito Roberto Cláudio disse que em sua Live realizada na noite desta segunda-feira (25), que Operação Dispneia teve uma série de erros, conforme destacou, dizendo que podem sinalizar os motivos de sua realização em Fortaleza. E afirmou que vai acionar a Justiça contra os autores da ação, a seu ver, totalmente equivocada.
“O primeiro erro de origem diz respeito ao prazo dessa ação. Na última quarta-feira, o município decidiu rescindir o contrato unilateral e administrativamente com a empresa de respiradores. E fez por uma razão simples, porque a empresa não cumpriu o prazo de entrega”, disse.
O segundo é que colocaram uma tabela, com comparação de preços. “Cometeram um erro grosseiro, de comparar equipamentos diferentes, comprados em épocas diferentes, algumas compras relativas a 2019. E todos sabemos como os preços da saúde se modificaram por causa da pandemia. Comparou filé com carne de pescoço, equipamento de R$ 69 mil com de R$ 230 mil, como se ambos fossem iguais e desempenhassem a mesma função”, asseverou.
Uma terceira perda de credibilidade, segundo o prefeito, foi a falta de honestidade de um representante da CGU. “Ele esteve numa reunião quarta-feira, promovida pelo Município de Fortaleza, com órgãos de controle externo e interno, exatamente para garantir transparência, compartilhar angústias, explicar dificuldades de fazer compras e poder manejar os serviços de saúde numa época de pandemia”, salientou Roberto Cláudio.
“Ele ouviu, inclusive, o município manifestar, na quarta última, que iria promover o distrato com essa empresa e exigir o reembolso do dinheiro, que começou a ser pago na sexta-feira. Manifestamos essa carta com o pagamento do reembolso e o planejamento das parcelas seguintes para o Tribunal de Contas do Estado. E para a nossa surpresa, hoje, surge uma ação como se o município ainda tivesse um contrato em andamento, dá a entender que o município recebeu respiradores, tendo sido essa a razão para a gente poder ter rescindido as compras”, destacou.
O quarto pecado capital, segundo o prefeito, coloca em xeque a motivação daqueles que estiveram por detrás deste esforço. “É bom dizer que os órgãos federais como a CGU e a PF só podem se envolver em alguma ação de investigação, caso estejam envolvidos recursos federais. E nessas compras não há um centavo sequer de recurso federal. Foram compras feitas com recursos do Tesouro Municipal. Extrapolaram as competências, cometeram ilegalidade”, ressaltou Roberto Cláudio.